Masara Kyotetsu

por **Kyotetsu** Qui maio 20, 2010 3:50 pm

[Ficha]
Nome: Masara Kyotetsu
Clã: Nenhum.
Idade: 17
Sexo: Masculino
Altura: 1,79
Peso: 70kg
Rank Ninja: Estudante de Academia
Time: -x-

Características físicas: Kyotetsu tem longos cabelos negros e pele branca, é alto, tem 1,88cm e um tipo físico bastante atlético, ombros largos e braços firmes. Suas roupas não são muito chamativas, utilizando trajes escuros e duas ombreiras em seu ombro, não tão resistentes o suficiente para se proteger de golpes, mas para se proteger de simples quedas. Para Kyotetsu era apenas uma vestimenta na qual gostava de usar, o rapaz também tem uma cicatriz na parte do abdomén, felizmente só podendo ser vista quando está sem camisa. Algo que se destaca em sua aparência também é o crucifixo que carrega com ele, utilizando como um amuleto.

Características psicológicas: Kyotetsu tem uma personalidade bastante quieta, bem calmo na maioria das vezes, e também com uma forte personalidade, ele segue claramente as regras que são dada a ele, mas se um dia pudesse fazer justiça com as própias mãos, faria sem pensar duas vezes. É uma pessoa bastante disciplinada, educada com os outros, dificilmente levantando a voz para alguém, em uma batalha sempre demonstrou ser um ótimo líder, incentivando e botando todos para frente, nunca foi um estrategista, podemos dizer que sempre foi considerado um oportunista.

História: Kyotetsu foi filho de dois nukenins, seus pais eram dois assassinos fugitivos de Konoha, Ishida e Shimura, apesar de terem assassinado pessoas não passaram muito tempo longe da vila após começarem a atacar, ambos sofriam de esquizofrenia, seu pai era mais paranóio e pensava que certas pessoas que encontrava era seus inimigos, e sua mãe achava que algum Deus do mal a incentivava a acreditar em seu marido, apesar disso a inteligência de ambos não era suficiente para fugir dos jounnins da vila, logo foram pegos e assim colocados em seu devido lugar, na prisão. Ao serem questionados por certos ninjas da vila, acabaram por descobrir que o nível de maldade daquele casal era enorme, visto histórias contadas e fotos de graves torturas que praticavam com suas vítimas.
O problema é que naquela época a mãe de Kyotetsu já estava grávida, e alguns médicos de Konoha sabendo da situação da mãe, também psicológica, decidiram tirar o filho quando nascesse, para que ele não fosse crescer de uma forma... " indevida " ou então, quem sabe acabasse nem tendo a oportunidade de crescer. Os dois eram muito imprevisíveis, por isso tinham medo do que eles fossem fazer com a criança.
A noite de seu nascimento foi uma noite quente, o calor era tão escaldante que os presos estavam reclamando bastante. A mãe de Kyotetsu foi levada para uma sala a parte onde o parto foi realizado, mas sem saber que o filho iria ser tirado dela. O bebê era levado dali da prisão e assim levado para o hospital onde poderia ser tratado com cuidado e com segurança, como ele não poderia ser amamentado pela mãe, acabaram por se virar e amamentar a criança com o leite materno de outras mães.
Mas é claro que logo a mãe de Kyotetsu dava falta do filho e tentava tirar satisfações com todos, e além disso fazer a maior baderna na prisão que acabava também chamando a atenção dos outros presos, o pai também ficava indignado... As reclamações duravam por horas, até que o médico que havia feito o parto foi até a cela dos pais de Kyotetsu explicando o que eles gostariam de fazer, o mesmo já imaginando qual seria a reação da mãe, já se virava para ir embora mas foi surpreendido com um pedido educado, ela apenas queria nomear seu filho.
Então assim, Kyotetsu finalmente ganhava o seu nome, o sobrenome vindo do seu pai, Masara e o nome dado por sua mãe. A criança então era entregada à pais adotivos nos quais estavam dispostos a cuidar da criança, eram pessoas realmente boas e que provavelmente dariam todo o carinho do mundo à Kyotetsu. Seus nomes eram Nakoto e Aika, Aika trabalhava em um restaurante e era famosa por cozinhar bem e Nakoto trabalhava numa tenda na qual vendia ervas medicinais, duas pessoas bem honestas, apesar de trabalharem o dia todo, acabaram arranjando tempo para ficar com o filho adotivo. Bem tratado, Kyotetsu cresceu bem disciplinado pelos pais, desde pequeno sempre o ensinaram bons modos, até em seu modo de falar, palavrão então, nem pensar.
Porém a medida que aquela criança crescia seus pais viam que ela tinha algo de estranho, algo dentro dela que talvez um dia pudesse lembrar os pais verdadeiro daquela criança, talvez pelo seu olhar ou então pelo jeito peculiar de agir certas vezes. Quando fazia algo errado e ficava de castigo, do contrário de crianças normais de sua idade, Kyotetsu não contestava ao ficar horas e horas trancado em seu quarto olhando para as paradas ou quem sabe até pior, de pé parado olhando para o nada, como se sua mente fosse totalmente... limpa. Mesmo assim seu comportamento em relação às outras pessoas não era indiferente, com seus 9 anos de idade entrou na academia ninja, onde passava horas de seus dias com outras crianças, todos com o grande objetivo de se tornar um dia um ninja, começando pela etapa inicial, tentar se formar e se tornar um gennin.
Kyotetsu nunca foi inteligente, mas era esperto, esperto e além disso alguém que conquistava as coisas na base da determinação, o jovem sempre se esforçava para aprender certas coisas, como por exemplo o simples jutsu: Bushin, sempre foi quase uns dos últimos da fila a aperfeiçoar completamente, mas nunca ligou para isso.
Após alguns meses Kyotetsu formava sua primeira amizade, com uma garota chamada Otsuka, por coecidência ambos bem parecidos, também não era inteligentes, com certa dificuldade para aprender porém bastante espertos, o mais cômico é que ambos os dois também não eram muito de puxar assunto, então o silêncio era algo que não incomodava ambos. Essa aproximação acabou fazendo com que Kyotetsu tivesse vontade de sua nova amiga cair em seu time, já que faltava pouco para se tornar um gennin, isto é, após o time, passar do teste, mas o que preocupava o jovem no momento era o fato de que poderia cair com pessoas na qual fosse se dar bem, ou mal. Mas como o jovem era alguém de acreditar muito no destino, deixou que o mesmo escolhesse. Assim, semanas depois, todos estavam reunidos naquela grande sala, havia pessoas nas quais Kyotetsu nem via muito, era tudo novo para ele, alguns momentos após, um jounnin entrava na sala com alguns papéis na mão, se posicionando na frente de todos e com sua voz alta e grossa, começou a citar os números e os times. Kyotetsu aparentemente estava nos times mais altos, pois seu nome demorava para vir, o jounnin citava os times 12...13... e nada de seu time. Conforme os grupos ia se formando, a sala ia esvaziando, até que chegou no time 27. Com um olhar seco, mirando Kyotetsu, o jounnin disse: " Time 27, Otsuka, Kyotetsu e Ikeda, o Sensei de vocês será a Akemi Nishimura. "
Com um largo sorriso, Kyotetsu olhava para sua amiga, que retribuia o gesto com um sorriso tímido, mas a curiosidade de ambos agora era saber o proximo integrante do time. Havia poucas pessoas na sala, então não demoraram muito até achar, o jovem era alto. Provavelmente o mais alto de todas aquelas crianças, e não só isso, como também aparentava ser mais velho que todos ali, mas ainda assim não passava dos 15 anos. O que dava mais medo era seu rosto, sua feição, ele demonstrava ter um olhar de uma pessoa com raiva, mas não só com a feição de tamanha raiva, como também capaz de usar toda essa impressão para agir malignamente.
Espantados com a curta apresentação do jovem, Kyotetsu não dizia nada, apenas esperava para ver se Ikeda falaria algo, mas quem dava o ponta pé era Otsuka...
" Você é Ikeda, certo? Parece que agora nos falta apenas conhecer nosso Sensei "
Ikeda por sua vez não dizia nada, porém respondia com um pequeno gesto com a cabeça positivamente, para logo todos sairem dali, guiados pelo jounnin que pessoalmente os levava para a Sensei de seu time, ela estava fora da academia, esperando pelos seus novos pupilos. Deixados na saída do local, os três procuraram por Akemi, aparentemente a mesma já sabendo quem seriam eles, se aproximou de todos, Ikeda era o que mais impressionava a mulher, visto que mais um pouco e ele estaria na altura dela. A sensei do time sabia da história de cada um e também sabia quem era os verdadeiros pais de Kyotetsu, visto que não se falava mais em ambos, para o bem da criança que pensava que seus pais verdadeiros fossem Nakoto e Aika, Akemi também sabia de Ikeda e provavelmente muitas coisas sobre ele também deveria impressionar à todos. Mas mostrando-se alegre ela dava um cascudo leve na cabeça de cada um e os levava para um lugar melhor para conversar, perto da praça onde se aninhavam em um lugar para se sentar em volta um do outro, fazendo o trabalho de uma Sensei, Akemi começava falando sobre si.

" - Bom, vocês já sabem meu nome, e essa não é a primeira vez que eu estou sendo Sensei de um time, eu sei que é normal quando você se torna um jounnin você acabar sendo Sensei de vários times, eu apenas tive um e este durou por um bom tempo, éramos bem entrosados e gostavamos bastante uns dos outros, espero que seja desta forma com vocês também. Fora isso, podem contar comigo quando precisar, mesmo que seja fora dessa vida de ninja, podem me considerar não apenas como professora, mas também como amiga, não esquecendo de tratar com respeito, e isso tratá bons frutos para vocês no futuro, já que a vida de um ninja praticamente começou agora para vocês que tem muito à aprender, e eu ajudá-los a percorrer esse caminho. Bom, vamos começar com... por que cada um não me diz suas idades, objetivos e o que mais odeiam? " terminou de falar Akemi.

Tímidos, nenhum do time se pronunciava de começo, até que Otsuka dava uma grande bufada por ter que fazer isso primeiro e levantava a mão.

" - É um prazer estar aqui com vocês, Akemi-sensei parece ser uma ótima pessoa, e vejo que isso é um bom começo, eu tenho 11 anos e uns dos meus maiores objetivos é um dia poder se vestir e defender a vila usando aqueles trajes peculiares cinzas e máscara com desenhos de animais... E... bem... o que eu odeio? Odeio insetos, calor e.. por motivos passados eu não suporto ver neve "

Após a pequena introdução, Kyotetsu era o proximo:

" - Hm... prazer em conhecê-la Akemi-sensei, eu tenho 11 anos e não tenho maiores objetivos, não gosto de viver do passado e muito menos no futuro, pois penso pouco nele, prefiro presenciar o presente em que estamos agora, e quem sabe o destino decidirá o rumo em que eu vou seguir. Eu odeio pessoas que botam pressão para fazer certas coisas, e lugares muito agitados "

Ikeda concluiu, de uma forma mais curta ainda.

" - 15 anos, meu objetivo é morar em Kirigakure, e eu não odeio nada. "

Meio surpresa com o fato de todos falaram pouco, porém o necessário exceto Ikeda, pensou e decidiu ir devagar, se pressionasse para que eles falassem tudo de suas vidas agora seria errado, até porque sabia da dificuldade de cada um. Otsuka por exemplo, odiava neve porque seus pais morreram em um dia nevoso, sabia que Kyotetsu era uma pessoa que acreditava em destino e que também era alguém muito calmo que gostava de resolver as coisas de seu jeito, o que a preocupava era certos momentos nos quais lembrava o jeito de ser de seus pais.
Ikeda mostrava-se ser o mais complicado, diziam que ele foi encontrado enterrado vivo e por sorte salvaram ele, seus pais ninguém nunca encontrou, alguns dizem que seus pais estavam mortos, mas havia coisas mal-contadas sobre seu passado, ele nunca teve esse jeito estranho de ser, ele havia mudado depois de ter sido sequestrado anos depois de ter sido salvo, quem o sequestrou nunca mais apareceu, até então não foi necessário resgate, Ikeda foi trazido devolta a Konoha, e até hoje nunca contou o que realmente aconteceu para ninguém. Pensativa mas sem deixa o clima morrer, Akemi dava continuidade voltando a falar:

" - Er... bem, acho que esse é o nosso começo, um começo importante, lembre-se que agora somos um time, mas preciso saber se vocês serão capaz de passar do meu teste, se falharem será uma pena, pois acho que podemos ter um futuro produtivo pela frente. Se preparem e me encontrem de hoje à uma semana pela parte da manhã. "

E assim todos voltavam para suas devidas casas, Kyotetsu contando para os pais como foi o seu grande dia, os mesmos satisfeitos já que tudo havia dado certo para o garoto, agora era só esperar o dia do teste chegar. O estranho é que nos dias que se passavam, Kyotetsu chegava a encontrar Otsuka pela vila, mas não encontrava Ikeda, alguns diziam que ele era uma pessoa muito caseira, que não saia de sua casa, ele morava sozinho. Sendo assim, Kyotetsu deixou pra lá e decidiu não interferir o companheiro, deixando o tempo passar naturalmente até o dia do teste, não demorou. Todos se dirigiam para aquele lugarzinho da praça onde conversavam semana atrás, Akemi já se encontrava lá e Ikeda parecia ter sido o primeiro dos gennins a chegar, logo Otsuka e por último Kyotetsu.

" - Ótimo, sem atrasos, é um bom começo, então vamos ao que interessa, sim? Eu sei que vocês estão morrendo de ansiedade para começar o teste, hoho. Eu quero que vocês provem que tem capacidade de se unir nos momentos mais dificeis, e mantenham a postura ofensiva diante de um combate, ofensiva, porém cautelosa. Sempre adotei esse estilo de combate e se tudo der certo quero passar para vocês.
Primeiramente eu quero que vocês andem pela floresta de Konoha até uma certa parte, na verdade, eu quero que vocês apenas comecem a andar por ela, hoje está um dia claro e bonito, e até a àrea onde vocês irão não terá muito perigo, se acontecer algo podem ficar tranquilos que eu estarei lá para ajudar. " finalizou Akemi que logo sumia do local.

Sem muito o que falar, o trio começava a se dirigir para os portões e assim tomavam seus rumos, todos bem nervosos pelo teste e pela primeira vez na qual estariam saindo sozinhos pela floresta, conforme andavam se deparavam com a bela vista do lugar, as árvores o céu completamente azul, tudo aquilo fazia com que todos perdessem o medo de andar fora da vila. Kyotetsu bem analista, observando tudo o que dava ao seu redor, e também o primeiro a presenciar algo estranho, vozes de pessoas começavam a ecoar pelo seus ouvidos, de começo não parecia ser algo irritante, mas aquilo foi se aglomerando e logo se tornavam várias pessoas...

" - Tem algo estranho, só há nós aqui... você também está escutando, Otsuka ? " perguntou demonstrando estar bastante nervoso.

" - Não, não escuto nada... o que foi? " respondeu a jovem.

O assunto se aquietava mesmo eles parando de andar, Ikeda observava os dois, sem expressão nenhuma no rosto, mas o pior de tudo é que ele sabia o que estava acontecendo, só não tinha vontade de falar o que era. Kyotetsu ficava quieto e alguns momentos colocando as mãos aos ouvidos, Otsuka por sua vez tentava pressionar Kyotetsu para ele falar o que estava acontecendo realmente e logo o grupo começava a demonstrar sua fraqueza...
Conforme andavam, Kyotetsu caia na típica armadilha do chão falso, uma corda prendia seu pé e o levava para o alto, preso à uma árvore perto dali havia um rio de água doce, não apenas um simples rio, havia piranhas dentro, o que aparentava prender Kyotetsu à árvore, ali sumia e o mesmo cairia na água, porém Otsuka era mais veloz e segurava no outro lado da corda, impedindo que Kyotetsu caísse, porém agora precisava da ajuda de Ikeda, só que o mesmo parecia estar não vendo o que estava acontecendo e apenas ignorava a situação, sem saber o que fazer Otsuka apenas ficava ali, pedindo junto com Kyotetsu à Ikeda, o mesmo saia andando.
Minutos se passavam e aquilo parecia ser um teste de resistência, Otsuka não tinha muita força, mas fazia o possível, não soltava a corda mas não sabia quanto tempo mais poderia aguentar e assim foi, minutos e algumas horas até Ikeda voltar, o mesmo observava os dois e jogava uma kunai em direção à corda, fazendo com que Kyotetsu caísse dentro do rio. O problema é que Kyotetsu mal sabia nadar, mas mesmo assim foi, com toda a força e sendo ajudado por Otsuka saiu, o problema é que acabou ficando com um grave ferimento no abdome, muito sangue saia, Otsuka olhava feio para Ikeda, que não dizia nada...

" - O que diabos você está pensando? Poderia ter matado ele, seu idiota! " gritou Otsuka.

Sem muita reação, Ikeda virava de costas e já se deparando com Akemi que dava um tapa no rosto do garoto.

" - Por que você fez isso? eu sabia desde o começo que você já tinha em mente o que era, eu sou horrível em genjutsu, e além disso eu sei que você tem facilidade em detectá-los, mesmo sendo apenas uma criança que mal se formou. É assim que você pensa em virar um shinobi um dia? Infelizmente não há como continuarmos, vocês falharam no teste. " terminava Akemi, ajudando Otsuka e levando Kyotetsu de volta para vila.

De todos, Ikeda parecia ser o menos abalado com o que aconteceu... Kyotetsu recebia tratamento dos médicos em Konoha, seus pais apavorados com a situação, logo ele e Otsuka sabiam que tinha algo de errado com Ikeda e que teriam que tomar cuidado com ele, ou talvez nem precisariam, visto que falharam no teste, não sabiam o que teriam que fazer agora, se teriam que esperar novamente outra chamada para os times ou outro Sensei os chamarem. Akemi por sua vez indignada com o que aconteceu, não queria que o mesmo fantasma do passado aparecesse em sua vida novamente, em uma missão ela acabou perdendo seus três pupilos de uma vez só, mortos em uma missão de rank A. Akemi sobreviveu mesmo com ferimentos graves e socorrida pelo esquadrão da ANBU. Ainda assim, o Hokage achava que ela era a pessoa certa para eles, devido sua personalidade forte, e que também tentasse novamente porém com outro teste, a união dos jovens deveria ser estabelecida com o tempo e não logo de cara, para o Kage, iria ser bom para eles.
Akemi não queria, mas depois de Kyotetsu se recuperar fez isso em nome dos dois outros gennins, apesar de também ter tentado tirar Ikeda do grupo, mas não conseguiu. O teste com o time era feito novamente, porém agora era algo bem mais simples, todos tinham que lutar contra a Sensei e provocar um arranhão em seu corpo, não importa a parte. Não era um teste dificil, mas queria ver como era o estilo de combate de cada um, Kyotetsu era o que mais demonstrava ser parecido com Akemi, sempre atacando e nunca recuando, tendo a melhor defesa, como o ataque. Assim se formou o time 27, depois de certos altos e baixos todos acabaram se acertando com Ikeda, que acabou se desculpando indiretamente do ocorrido, a vida daqueles gennins começaria oficialmente naquele momento...
Os jovens começaram com leves missões e leves treinamentos, e isso se prolongou por um longo tempo, Ikeda melhorava seu comportamento aos poucos também, se aproximando mais de Kyotetsu, logo aos poucos quem sabe uma amizade poderia brotar ali, Ikeda também passou a passar mais tempo fora de sua casa, apesar de que seu jeito de ser não mudava, apenas o jeito de interagir com os outros. Em breve eles seriam convocados para uma missão mais dificil, aparentemente haviam invadindo a vila e passado pelos guardas noturno, estavam atrás de alguém mas não acharam, fontes diziam que esses ninjas vieram de Kirigakure e por isso, com o alto avanço do time de Akemi eles foram designados para tal e assim levados, logo de manhã para a longa viagem e foi assim que Ikeda se mostrou ser o mais pertubado com a idéia possível, o que levantava suspeitas para Akemi que achava que estava tudo errado desde o começo, entretanto já os outros dois estavam bem empolgados.
A medida que o tempo passava o tempo começava a fechar, um temporal de chuva estava por vir e mesmo sendo apenas 10 horas da manhã naquele momento, parecia ser cinco horas da tarde, relâmpagos começavam aparecer e logo as primeiras gotas de chuva que se tornavam fortes em poucos segundos. O time então se aglomerava perto de algumas árvores, procurando tomar menos chuva e assim avançava, não parando com a viagem.
O time avançou durante horas e até chegar à certo ponto onde podia se ver uma neblina que começava a incomodar a visão de todos, e como já começava a escurecer de vez, Akemi recuava com seus gennins e formava um pequeno acampamento, ao menos a chuva havia parado naquele momento,

" - A chuva infelizmente atrasou a gente e agora esta maldita neblina, se não fosse por isso poderíamos estar lá em algumas duas horas, droga. " reclamou Akemi.

No meio da arrumação, todos perceberam que toda a água do grupo havia sumido, mas ninguém tinha idéia de como haviam sumido, o que fez com Akemi se separar por um instante do grupo com todas as garrafas de água para encher à todos. Otsuka demonstrava ser a mais cansada de todos e se aninhava em sua cabana para dormir, Kyotetsu e Ikeda ficavam juntos em volta da fogueira, não havia conversa entre os dois, estavam em silêncio apenas esperando Akemi voltar. Isto é, até Ikeda falar:

" - Acho que eu esqueci algo na cabana da Otsuka e Akemi-sensei, já volto. " disse Ikeda, que se levantava e se dirigia à dentro da cabana de Otsuka. "

Kyotetsu por sua vez não disse nada, ficou ali apenas aguardando, e momentos após ele começava a ouvir barulhos estranhos, e estavam vindos da cabana de Otsuka, parecia os dois estavam brigando, despertando a curiosidade de Kyotetsu, que ao abrir a cabana se deparava com uma cena na qual jamais iria esquecer em toda sua vida, Ikeda estava com uma kunai na mão fincando sem parar no corpo da jovem, mesmo morta, ele não parava. E também, mesmo com a presença de Kyotetsu ele não se contém. Ainda assim, em choque Kyotetsu se aproximava para tentar tirar aquela kunai da mão de Ikeda, que resistia contra-atacando o ombro de Kyotetsu, o garoto gritava de dor.

" - Ikeda...? " com uma voz baixa e lenta, perguntava Kyotetsu para o garoto. "

" - Vocês sabiam que algo assim iria acontecer um dia, eu não faço parte desse time, eu não faço parte dessa vila... A única coisa que me prendia era o fato de nós sermos irmãos, mas eu não aguento mais, não posso perder essa oportunidade, você tem que entender! "

" - Irmãos? Você enlouqueceu de vez não? "

" - Não se faça de inocente, o que você se parece com seus pais? nada, você não tem NADA a ver com eles Kyotetsu, preste atenção bem em sua aparência... Você não sabe não é? seus pais verdadeiros estão presos em Konoha, nunca ouviu falar de dois assassinos famosos? mas somos irmãos apenas por parte de pai, ainda assim. A minha verdadeira mãe está em Kirigakure, eu preciso ir lá. "

" - Isso tudo é mentira... ainda assim não justifica o que você fez! "

Sem mais palavras Ikeda saia correndo, e Kyotetsu ficava lá com o corpo da jovem, todo furado. Mas lágrimas por incrível que pareça não caiam, ele estava em choque, a infelicidade que tomava conta de seu coração era tamanha que reação acabou não tendo. Mas isso era uma característica peculiar que tinha o jovem, ele não chorava, por mais que seja a intensidade da situação. Minutos após Akemi chegava, e arrasada com a situação dando logo falta de Ikeda, Kyotetsu explicava a situação, com um pano o ombro para parar de sangrar.
Em fúria, Akemi saia correndo em direção à Ikeda, tentando alcançá-lo, as últimas palavras que Kyotetsu ouvia de sua sensei era: " Esse garoto irá morrer hoje mesmo... " assim esperou novamente por sua sensei, horas e horas, logo um dia se passava. Apesar do mal cheiro que se encontrava a cabana devido ao corpo da garota, Kyotetsu não saia dali, estava parado olhando para o nada, sem saber como reagir à aquilo tudo.
Mais um dia se passava, Kyotetsu sem comer e já sentindo os efeitos colaterais, deitava ao lado do corpo da jovem, sem ter os devidos cuidados para o ferimento de seu ombro, achava que iria morrer ali mesmo, mas não. Como Konoha deu a falta do time que já deveria ter voltado, enviaram ninjas que encontraram o pequeno acampamento e voltavam com o garoto para a vila, para socorrê-lo e tratá-lo de forma indevida, ainda estava vivo, e demoraria para se recuperar de tudo, principalmente psicológicamente.
Semanas depois relatos diziam que Akemi estava morta pelos mesmos ninjas que invadiram Konoha à procura de Ikeda, o time 27 de Konoha se desfazia totalmente após o ocorrido, Kyotetsu era o único que sobrava, mas não demonstrava estar bem da cabeça depois de tudo o que aconteceu, esquizofrenia é um problema hereditário, mas pode ser controlado, algumas vezes ataca em determinadas idades, a família de Kyotetsu já desconfiava de que o garoto tinha, mas não era grave, grave se tornou a partri do momento em que descobriu a verdade dos seus pais e que teria um irmão que acabou com toda a alegria que estava tendo, sendo assim. Sem ter condições de continuar com sua carreira ninja. Kyotetsu também ao voltar para casa depois de meses não conseguia encarar com os mesmos olhos sua família, ele também não aceitava direito a visita de seus pais adotivos no hospital, o que gerou certas brigas e até algumas vezes fuga, Nakoto e Aika preocupados sabiam que Kyotetsu precisava de ajuda e tentaram colocar o garoto com um acompanhamento médico especial para que ele pudesse ser tratado, já que quando o mesmo via Nakoto e Aika, ele via Ikeda dizer que seus pais verdadeiros são dois assassinos.
Depois de um tempo com acompanhamento, Kyotetsu demonstrava suas primeiras melhoras, mas apenas só demonstrou melhorar depois que esqueceu da existência de seus pais, era como se o jovem vivesse de uma forma esquisita, como se nunca tivesse tido pais de verdade, aquilo que havia passado: uma mera ilusão, assim que acreditava Kyotetsu que não conseguiria viver novamente no mesmo teto que Nakoto e Aika, eles não eram culpados pelo o que ouve, mas a mente de Kyotetsu não o deixava pensar dessa maneira, visto que lembrava do que eram seus pais verdadeiros.
Após conquistar certa liberdade, o garoto passou a passear novamente pela vila, supervisionado, para ver como seria seu comportamento mas acabou por ocorrer tudo bem, logo andava sozinho e por último conseguiu uma casa pequena, mas só para ele, na realidade foi dada por Nakoto e Aika, mas eles não disseram quem realmente o presenteou, para Kyotetsu, isto era um presente generoso do Kage, o que aceitou de braços abertos.
Mas o problema é que Kyotetsu não estava 100% recuperado... Como em sua primeira noite, era calor, após passar por várias tentativas, descobriu que o nome de sua mãe era Shimura, e que seu pai se chamava Ishida. Masara Ishida e Sasami Shimura, de madrugada, Kyotetsu se dirigia até a prisão de Konoha, aquela noite era especial, estava agitada e seria perfeito, os anbus de Konoha estavam em uma missão especial, assim como os jounnins, apesar de não ter pessoas normais andando pela vila de madrugada, os ninjas mostravam-se estar bem agitados e assim se esgueirou pelos cantos até chegar lá, a patrulha da prisão demonstrava-se estar fraca naquela noite e assim invadiu a mesma o garoto. Chegando lá podia perceber a agitação dos presos e no segundo andar da prisão nas últimas celas do corredor lá estava, Kyotetsu pode identificar pois aparentemente ambos eram conhecidos pela roda da prisão, ele não havia nenhuma chave para abrir a cela, mas ele tinha algo em mente... A primeira visão que ele tinha quando chegou na cela, foi ver como era parecido como seu pai, Kyotetsu tinha cabelos longos pretos e seu pai era idêntico à ele, porém com cabelos castanhos mais claros. Shimura olhou aquela figura jovem em sua frente e estranhou, se aproximando do garoto.

" - Olhe para isto, estão colocando jovens guardas para patrulhar a prisão agora... você não vai aguentar este lugar por muito tempo não, meu jovem... " disse pausadamente e rindo bastante, Shimura.

Kyotetsu olhou bem para a cara daquela mulher e viu que ela carregava um crucifixo em seu pescoço, pelo o que andou pesquisando, sabia que sua mãe passou a ser religiosa devido às vozes que ouvia, que para ela era " Deus ". Em um gesto grosseiro e aproveitador, Kyotetsu arrancava o crucifixo com força do pescoço da mulher e com a outra mão fincava a katana que carregava em seu abdomén, agora quem dava risada era Kyotetsu, que virava o olhar para Ishida...

" - Ikeda mandou lembranças... papai. " disse Kyotetsu, mandando um olhar um tanto medonho para seu verdadeiro pai, ele não demonstava estar surpreso e também não se desesperava com a morte de sua mulher, para ele era questão de tempo que Kyotetsu um dia descobrisse.

Por final o garoto começava a colar vários selos explosivos na cela, Ishida parecia não resistir, o mesmo apenas abraçava o corpo de sua mulher enquanto Kyotetsu saia andando, a prisão começava a ficar mais agitada e todos do local pareciam querer matar Kyotetsu pelo o que ele fez. Que logo era abordado pela patrulha de Konoha, como havia colado selos explosivos na cela atrás, tudo se explodia deixando um grande buraco na prisão mas não impediu de ser abordado novamente e dessa vez acabou por ser abordado por um capitão da ANBU que andava por ali, o garoto era levado para o Hokage que decidia tomar medidas drásticas em relação ao garoto, apesar de entender seu passado, não justificava agir da maneira que seus pais agiriam, da mesma maneira que Ikeda agiria. As pessoas não iriam aceitá-lo de jeito nenhum e por isso Kyotetsu seria preso e novamente com cuidados necessários, o Hokage apesar de tudo havia esperanças que ele se recuperasse, mas primeiro ele tinha que aprender que a vida, você paga o que você faz.
Assim passou-se anos de sua vida, dos 12 anos 17 anos, cinco longos anos de sua vida tratado como um prisioneiro, ainda assim novamente mostrando melhoras, estava longe daquilo tudo, ele queria recomeçar a sua vida novamente, como um ninja. Akemi havia ensinado o garoto a seguir em frente, havia ensinado a não ser uma pessoa ruim, Kyotetsu havia agido pelos seus sentimentos e pela loucura em que se encontrava sua mente, mas apesar de ser um prisioneiro todos o trataram de uma forma na qual demonstravam realmente querer curar aquele jovem. E também Kyotetsu demonstrava mais força de vontade, o engraçado é que ele carregava o crucifixo de sua mãe no pescoço e por algum motivo, para ele também existia um Deus, que ajudava ele a seguir em frente e tudo começou depois que ele começou a carregar aquele objeto. Sendo assim, Kyotetsu prometeu pagar o que fez, mostrando que pode defender a vila e que algo importuno não aconteceria novamente, mas todos precisavam ser cuidadosos com ele para não errarem novamente, por isso ao invés de ele ser encaminhado para um time, foi para o disciplinado, sendo treinado por um jounnin especial para uma ocasião como a de Kyotetsu. Porém dessa vez sua vida tinha tudo para dar certo, meses após meses ele demonstrava ser outra pessoa, aquelas suas manias que tinha no passado passaram, se tornando assim uma pessoa comum como qualquer outra, suas recaídas eram fracas e não atrapalhavam muito sua vida.
Mas ainda assim, todos tinham cuidado com ele, todos que sabiam do que havia acontecido aquela noite, Kyotetsu tentava controlar mais a sua esquizofrenia e assim ia indo.
Logo se formando como chunnin e por final um jounnin, seu sensei era ótimo e ajudou ele a subir de carreira como shinobi, Kyotetsu sempre demonstrando forte determinção e esperteza, ele gostava de combate corpo a corpo, lutando com duas espadas. Kyotetsu também havia uma certa facilidade em missões do tipo contra assassinos muito pergiosos, por ser frio, em missões na qual ele tinha que executar os inimigos ele as completava fácilmente, isto é, quando conseguia derrotar seus inimigos, em um campo de batalha, sempre mostrou ser um líder nato. Graças à seu exito de tantas missões ele foi reconquistando a confiança de todos, e passou anos vivendo desse jeito, vivendo de missões, sem descanso, apenas descansava quando se feria de uma forma grave. Até seus 21 anos quando infelizmente acabou se deparando com Ikeda em uma destas missões, que por coecidência a missão na qual estava participando seria para dar um fim nos ocorridos de Kirigakure do passado, novamente era noite e o lugar estava com uma forte neblina.
Quando Kyotetsu viu Ikeda, podia ver a cara de assassino que o mesmo tinha, parecida com a de seu pai, semelhança na qual Kyotetsu só tinha em uma batalha dificil, Ikeda também estava com a bandana de Konoha riscada. Os ninjas que estavam acompanhando Kyotetsu estavam preocupados caso o mesmo se descontrolasse novamente, mas ele mostrou muito profissionalismo e além disso, mostrou que sua mente estava bem melhor que antigamente, o dialógo por sua vez começava:

" - Depois daquela noite, finalmente nos encontramos, pequeno irmão. " sarcástiamente dizia Ikeda, já se preparando para o combate.

" E garanto a você que não será um longo encontro, você vai pagar ao que fez com Akemi e Otsuka. " de uma forma firme e brava respondeu Kyotetsu, também preparado para atacar.

" - Akemi, hm? Nossa sensei, aquela vadia tentou me matar naquela noite, mas claro que uma ninja fraca como ela não seria párea contra nós todos... Kyotetsu, eu te dou uma chance para se juntar com a gente, nosso principal objetivo era livrar Ishida da prisão depois que me pegassem, eles queriam continuar o que ele estava fazendo... Você sabia não é, Kyotetsu? seu pai estava formando uma organização criminosa, você sabia disso não? "

Kyotetsu demonstrava certa surpresa mas não suficiente para perder a linha.

" - O que ele gostaria de fazer não me interessa nem um pouco, tenho uma nova vida agora, você morre e junto com todos esses ninjas aqui. " terminou Kyotetsu.

" Pff... você devia ter visto o que nós fizemos com Akemi, haha... " também terminava de falar Ikeda, dando uma pequena risada.

E assim o combate se iniciava, era Ikeda e seus aliados contra Konoha, em meio da trilha para Kirigakure, o combate era dificil pois aparentemente os ninjas que estavam enfrentando era de um nível maior do que jounnin, Kyotetsu nunca foi de surpreender aos outros e era abatido pelo seu irmão em combate, Ikeda era muito rápido e atacava com os punhos, Kyotetsu não conseguia acertá-lo e depois de tomar tanta porrada acabou ficando tonto, mas tentou reagir e foi em um lance perigoso, na qual tomou um forte soco no peito, mirando o coração, que teve a chance de fincar uma de suas espadas nas costas do irmão. Ikeda se segurava em Kyotetsu, não queria morrer ali, com uma certa voz ele falava suas últimas palavras, palavras nas quais Kyotetsu também não esqueceria nunca, também por acabar de ver o lado do irmão...

" - Se eu fizesse... o que eles mandaram... eu poderia ver minha mãe denovo. "

Ikeda terminava de falar e finalmente falecia, pela primeira vez Kyotetsu começava a derramar lágrimas, mas a batalha não havia acabado, os ninjas que vieram com ele estavam perdendo o combate, Ikeda não parecia ser o mais forte do grupo e nem o líder. Porém o rapaz estava muito abalado com o que estava acontecendo, mesmo depois de ter tomado uma postura forte, não resistiu e caiu em prantos, tudo havia acabado para ele, e talvez este teria sido o forte objetivo que o levou até onde estava.
O grupo não ia conseguir, mas novamente os ANBU apareciam no local para auxiliar os poucos que faltavam e com uma certa facilidade davam conta do recado, eles eram bom em fugir e se esconder, mas não eram páreos para a força da ANBU, e assim toda a história do seu passado finalmente se finalizava. Kyotetsu finalmente poderia ter uma vida livre como a de qualquer outro, prosseguiu e após essa missão garantiu ao Hokage que ele poderia continuar confiando nele, os acontecimentos do passado não iriam ocorrer novamente, e que deve muito à Nakoto e Aika por terem ajudado ele, Kyotetsu nunca teve coragem de encontrar seus pais adotivos novamente e assim seguiu sua vida, segurando aquele crucifixo que sua mãe utilizava antes de tudo acontecer. Muitos anos de passaram, agora com 27 anos de idade, Kyotetsu não tem grandes objetivos, a não ser quem sabe um dia se tornar membro do esquadrão da ANBU, ou treinar um time. Queria formar um entrosado e forte time assim como Akemi, para quem sabe dos céus estará vendo o prosseguir da vida do jovem, atualmente.